Sociável, Seletivo e Sonhador: o que move o consumidor brasileiro?

By Pedro Guimaraes

Neste estudo, analisamos diferentes aspectos do consumo brasileiro a partir de uma pesquisa de mercado. Foram obtidos importantes insights relacionados à renda, hábitos e critérios de escolha em diferentes categorias e canais, capturando as nuances dos resultados em múltiplos recortes.

O relatório revela como o consumidor brasileiro pode ser caracterizado por três “S”: Sociável, Seletivo e Sonhador. Ele valoriza experiências presenciais, frequentando ativamente shoppings, bares e restaurantes, e mantendo uma forte presença nas redes sociais. No entanto, também busca comodidade e praticidade, tanto no ambiente online quanto físico, equilibrando suas aspirações com as realidades de seu orçamento. Mesmo com limitações financeiras, o brasileiro continua a desejar produtos e experiências que ofereçam status, conforto e prazer.

A gestão do orçamento dos consumidores

O crescimento do custo de vida sem aumento proporcional da renda agrava a situação financeira das famílias brasileiras, em geral, os brasileiros possuem grande parte de sua renda comprometida com custos com moradia, supermercado e dívidas. Esse cenário acarreta uma gestão da renda muito mais complexa e os brasileiros, hoje, escolhem como e quando gastar de maneira mais consciente. O resultado da escassez de renda e dos altos custos de vida levam 81% dos brasileiros a complementarem sua renda, o que facilita o acesso a lazer, roupas, eletrodomésticos e outros.

Por isso, o contexto atual para os bens de consumo no Brasil é desafiador. Além de precisarem conquistar consumidores com orçamento restrito, esses produtos enfrentam uma concorrência crescente com serviços digitais, como streamings e jogos, que estão cada vez mais presentes na vida dos brasileiros. O consumidor brasileiro é notadamente transacional, optando por marcas mais baratas em momentos de escassez financeira, especialmente quando se trata de itens básicos. Já no caso dos bens de desejo, a tendência mais comum é adiar a compra ou até mesmo deixá-la de lado.

A disputa no varejo nunca foi tão acirrada

Percebemos novos hábitos entre os consumidores, que se diferenciam por categorias. Por exemplo, muitos consumidores ainda preferem comprar itens de consumo básico em lojas físicas, valorizando a ida ao supermercado. Já na busca por produtos tidos como “não essenciais” e muitas vezes de maior valor agregado, como cosméticos, eletrônicos e roupas, os brasileiros costumam alternar entre canais online e offline de forma mais flexível, aproveitando os benefícios de cada um para suas escolhas de compra. Se tornou cada dia mais comum o indivíduo ir à loja, experimentar e validar o produto para só depois, no site, realizar a compra.

Para se manterem competitivas, as marcas precisam construir um footprint geográfico eficaz que alcance os consumidores-alvo de maneira precisa, oferecendo um sortimento de produtos que atenda às suas expectativas e criando um ambiente de compra atrativo. Além de um portfólio adequado, é essencial investir em uma experiência omnichannel, integrando perfeitamente os canais online e físico. Essa abordagem não só diferencia as marcas no mercado, como também cria uma percepção de valor real, fortalecendo a relação com os consumidores e reforçando a presença e relevância das marcas no mercado.

Novas exigências digitais de compra

O Brasil é um dos países com maior tempo de uso nas redes sociais, o que molda significativamente o comportamento de consumo, especialmente em categorias como moda, cosméticos e joias. As plataformas sociais são hoje para as novas gerações o que o jornal era para as anteriores: a forma com que percebem e se relacionam com o mundo.

Com o avanço do e-commerce e a preocupação constante em relação ao custo-benefício, uma das principais alternativas utilizadas pelos brasileiros passou a ser a importação, especialmente com o crescimento das plataformas asiáticas. Esse crescimento é particularmente forte entre os jovens, impulsionados pela familiaridade com o ambiente digital e sua predisposição a assumir mais riscos.

No entanto, o preço não é o único fator crucial nas decisões de compra dos brasileiros. As marcas devem fortalecer sua presença digital, garantindo segurança, suporte e uma experiência de compra fluida para atrair e reter clientes.

O estudo destaca a necessidade de empresas de bens de consumo e varejo adaptarem suas estratégias às preferências e comportamentos dos consumidores brasileiros, em um mercado em constante mudança devido a fatores econômicos, sociais e tecnológicos. O relatório fornece uma análise detalhada para ajudar as empresas a se conectarem melhor com esses consumidores e prosperarem no competitivo mercado brasileiro.

Convidamos você a explorar o relatório completo, no qual aprofundamos essas tendências e apresentamos recomendações específicas para ajudar sua empresa a se destacar. Descubra como adaptar suas estratégias, otimizar seu mix de produtos e criar experiências de compra que realmente cativem e fidelizem os consumidores em um ambiente de varejo desafiador.

Faça o download do relatório completo abaixo e entre em contato conosco para saber como a Roland Berger pode ajudá-lo a ajustar sua estratégia para o mercado consumidor brasileiro. Aguardamos seu contato.

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